O I Festival Reduto de Cinema foi pensado como um projeto de celebração e educação cinematográfica. O projeto foi contemplado pelo FUNCULTURA Audiovisual (2019/2020), realizado nos dias 08/07 a 10/07 de 2022, de forma gratuita para toda a comunidade. As exibições aconteceram na Praça do Trevo de Surubim, tendo como homenageados desta edição: Edvaldo Clemente, arquivista surubinense, e Joaquim José da Silva (Juca), antigo projecionista da Cidade.
Foram 3 (três) dias de exibições de curtas metragens de animação, ficção, experimentais, documentários e videoclipes produzidos em Pernambuco, com a presença dos/as realizadores/as durante todo período do Festival. Dentre as 25 produções exibidas, seis delas foram de realizadores/as surubinenses. Além do mais, o Festival, como concretização desta iniciativa formativa para o Cinema, ofereceu duas oficinas. Uma delas foi a oficina CINEMA NA ENCRUZILHADA com Naya Lopes, realizada nos dias 04/07 a 06/07 na Casa das Juventudes, e a outra foi a oficina FAZENDO CINEMA com Willian Tenório e Bruna Tavares, realizada nos dias 09 e 10 no Auditório da Pousada Jucazinho.
Muito além de um festival de cinema, no qual preza-se apenas pela difusão de filmes, o Festival Reduto de Cinema foi um evento de cunho formativo e multiartístico, pois também proporcionou o encontro dos/das cineastas com os artistas da música pernambucana do interior. Proporcionando, após cada noite de exibição, shows com musicistas locais e da região, dentre estes artistas estavam: Carol do Coco, o grupo Coco de Roda Ritmos do Agreste, Yannara, Renna (Buíque/PE), Luanda Luá e a banda Lado Fim do Mundo. Com exceção de Renna, todos/as os/as outros/as artistas são de Surubim e mantém um trabalho independente do fortalecimento da cena musical da Cidade.
Por
Equipe do Reduto Coletivo.
Dos 25 filmes participantes, destaco o Reduto Coletivo de Surubim que apresentou seu documentário com o título "O Motor de Luz ", com a narrativa do surgimento do cinema em Surubim, a partir da década de 1920,até os anos 60, nesse período o município ganhou três casas de projeções, sendo o primeiro em 1925, o cinema mudo.
Protagonizaram o documentário, a senhora Maria Arruda ( Moça ) neta do proprietário do primeiro motor de Luz e cinema mudo da então Vila Surubim. O bancário aposentado e cinéfilo, Luiz Aprígio dos Anjos, os homenageados: Juca do Cinema e Edvaldo Clemente.
Nesse primeiro evento do Reduto Coletivo, foram homenageados dois surubinenses, Juca do Cinema, que dedicou sua vida como projecionista, e ao fotógrafo e memorialista Edvaldo Clemente, que se dedica há quase 40 anos, ao registro, resgate e preservação da Memória de Surubim, através de fotografias e vídeos.