Em 1929, o Padre Antônio da Lima Cavalcanti iniciou uma campanha para instalar um educandário em Surubim. Com o apoio do prefeito Dídimo Vieira Carneiro da Cunha, D. Ricardo Vilela, Bispo Diocesano de Nazaré da Mata e da população, foram tomadas todas as providências para acolher as Irmãs de Nossa Senhora do Amparo.
A antiga casa que pertenceu aos pais da professora Maria Cecília, depois residência do Cônego Benigno Lira, situada a Rua 11 de Setembro, entre os números 42 e 66, foi reformada para tornar-se a Primeira Sede do Educandário.
"E numa tarde do dia 13 de julho de 1929, dez meses após a emancipação política de Surubim, são recebidas nesta região, as Irmãs de Nossa Senhora do Amparo. No dia seguinte, 14 de julho é inaugurado solenemente o Colégio Nossa Senhora do Amparo, realizando-se o desejo do Exmo. e Revmo. D. Ricardo Vilela, Bispo de Nazaré da Mata. Estiveram presentes à solenidade de inauguração o Sr. Prefeito do Município, Cel. Dídirno Vieira Carneiro da Cunha, o Vigário Padre Antonio de Lima Cavalcanti, autoridades e povo em geral que aplaudiam envaidecidos e gratos a iniciativa de tão elevado empreendimento.
As primeiras Religiosas que se dedicaram à educação em Surubim foram: Madre Ana de N.S. do Carmo (diretora), Madre Serafina de Santa Tereza, Madre Cecília das Chagas e Irmã Alice dos Anjos que alicerçaram-lhes as bases educacionais.
O Colégio Nossa Senhora do Amparo, pioneiro nesta cidade, é sem duvida alguma, o sustentáculo de uma sociedade onde o interesse comum o bem comum, as tradições,os costumes, a organização e a responsabilidade unem as pessoas, as famílias, os grupos.
Que o Amparo continue, no futuro, a ensinar a viver é o desejo de quem se sente honrado em servi-lo". llaíse Arruda Guerra.
Revista SURUBIM - Especial do Jubileu de Ouro. Setembro de 1978.
COLÉGIO NOSSA SENHORA DO AMPARO LIVRO DE TOMBO
Este livro é destinado para os apontamentos de todos os fatos e acontecimentos que se deram no Colégio N. S. do Amparo. Que tudo seja para a maior glória de Deus.
Surubim, 14 de julho de 1929
Madre Anna
Dia 13 de Julho de 1929
Às 7 1/2 da tarde chegamos a Cidade de Surubim, sendo recebidas por uma Comissão de senhoras que por determinação do Sr. Vigário nos serviram o jantar e nos mostraram os aposentos da casa.
Dia 14
Às 14 horas da tarde sob a abóbada do céu estrelado e um sol de pleno verão teve lugar a inauguração solene do Colégio por S. Esca. Revma. D. Ricardo Vilela, Bispo Diocesano de Nazaré, que, depois de encerrar a S.S., deu bênção, e em seguida benzeu a Casa perante numerosa assistência. Estavam presentes ao acto, o Rev. Vigário, e o Exmo. Sr. Coronel Dídimo Carneiro da Cunha, Prefeito da Cidade.
Dia 15
Teve lugar a 1ª missa, celebrada por S. Esca. D. Ricardo Vilela, às 7 horas da manhã
Dia 16
Às 15 horas da tarde, S. Esc. O. Ricardo Vilela, fez uma bonita e tocante Conferência para a Comunidade reunida na Capela.
Dia 17
S. Esc. Despediu-se das Irmãs, para voltar à sua residência em Nazareth.
Dia 21
O Rev. Vigário Pe. Antônio de Lima, fez presente as Irmãs de um bonito perú.
Dia 22
Sob um contentamento geral, inaugurou-se o Escternato com a frequência de 23 alunas.
Prédio:
O prédio onde funciona o Colégio não é próprio. O aluguel e os gastos de eletricidade são pagos pela Prefeitura de Surubim, que lançou uma verba de 100$000 mensais para esse fim.
Capela
A Capela situada em um dos compartimentos do prédio, está provisionada para
a celebração das santas missas, e para ter-se o S. Smo. Sacramento. Está
provida de objetos necessários ao culto Divino.
PRIMEIRAS ALUNAS DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DO AMPARO
Uniforme das alunas consta do seguinte: Blusa branca, saia marrom, sapatos pretos e meias pretas e avental, Chapéu de palha branca.
Curso: Primário.
Regime: Esctemato.
Mensalidade: 10$000
Matrículas dê alunas de 15 a 22 de julho de 1929:
Alunas: Josepha Arruda - Maria de Jesus Arruda - Neusa Farias Arruda - Severina de Albuquerque Barros - Maria Martha de Moura - Maria de Lourdes de Paula - Maria lracema de Arruda - Maria Assumpção de Oliveira - Maria do Socorro Cabral - Maria José Arruda -Gielza Lobato Madeira - Maria Stella Barros - Dejanira Albino Pimentel - Amara Julieta de Amorim - Maria da Gloria de Paula -·Maria Materna de Medeiros - Flora Benigna de Lima -lsmênia Olindina Leal - Maria José da Fonseca - Maria José de Souza.
ANTIGAS ALUNAS FALAM DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DO AMPARO.
"A primeira casa onde funcionou o Colégio Nossa Senhora do Amparo era do tipo chalé, com dois cômodos. Na frente, tinha uma sala grande para estudos e num cantinho, improvisaram uma capelinha com um altarzinho e a imagem de Nossa Senhora do Amparo. Do lado de fora, fizeram uns quartos que serviam de dormitórios para as Irmãs. Eu fui uma das primeiras internas junto com uma aluna de Vertentes do Lério, que agente chamava de "40", porque as alunas eram conhecidas pelo número. Eutrópia e Paulo Batista tem uma filha que até hoje todos conhecem por "14", apelido que vem desde os tempos do colégio", contam Laura Ferreira Guerra e Maria do Carmo Leal.
"Comecei a estudar no colégio em 1930. Fora a vontade de aprender, tinha o maior desejo de usar aquele chapéu de palhinha. Porém, no ano que entrei, acabaram com esse tipo de chapéu, porque era muito caro e nem todas as meninas podiam comprar. Então passamos a usar um chapeuzinho de pano branco, com uma fitinha marrom. Naquele tempo fazíamos teatro. Uma vez, encenamos a peça Branca de Neve e os Sete Anões. Como não tinha meninos no colégio, as alunas faziam também os papéis masculinos. Eu era o Rei, Odete Spósito de Oliveira, a Rainha. Lourdes Barbosa, o Príncipe e Mana do Carmo Leal a Branca de Neve. Nenen de Badian e Neusa Arruda representavam dois anões. Mas eu não me lembro quem fazia os outros papéis. Só sei que foi lindo, uma coisa maravilhosa" conta Adelaide Guerra de Albuquerque.
"No tempo que estudei no colégio era só o primário. Aprendíamos geografia, português, ciências naturais, matemática e madre Alice dava aulas de francês. À parte, tínhamos aulas de trabalhos manuais, onde aprendíamos bordados, desenhos e pintura. Quando cursava a quarta série, teve um concurso para preencher duas cadeiras municipais. Eu fiz, passei e fui ser professora", conta Odete Spósito de Oliveira.
Dia 16
Às 15 horas da tarde, S. Esc. O. Ricardo Vilela, fez uma bonita e tocante Conferência para a Comunidade reunida na Capela.
Dia 17
S. Esc. Despediu-se das Irmãs, para voltar à sua residência em Nazareth.
Dia 21
O Rev. Vigário Pe. Antônio de Lima, fez presente as Irmãs de um bonito perú.
Dia 22
Sob um contentamento geral, inaugurou-se o Escternato com a frequência de 23 alunas.
Prédio:
O prédio onde funciona o Colégio não é próprio. O aluguel e os gastos de eletricidade são pagos pela Prefeitura de Surubim, que lançou uma verba de 100$000 mensais para esse fim.
Capela
A Capela situada em um dos compartimentos do prédio, está provisionada para
a celebração das santas missas, e para ter-se o S. Smo. Sacramento. Está
provida de objetos necessários ao culto Divino.
PRIMEIRAS ALUNAS DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DO AMPARO
Uniforme das alunas consta do seguinte: Blusa branca, saia marrom, sapatos pretos e meias pretas e avental, Chapéu de palha branca.
Curso: Primário.
Regime: Esctemato.
Mensalidade: 10$000
Matrículas dê alunas de 15 a 22 de julho de 1929:
Alunas: Josepha Arruda - Maria de Jesus Arruda - Neusa Farias Arruda - Severina de Albuquerque Barros - Maria Martha de Moura - Maria de Lourdes de Paula - Maria lracema de Arruda - Maria Assumpção de Oliveira - Maria do Socorro Cabral - Maria José Arruda -Gielza Lobato Madeira - Maria Stella Barros - Dejanira Albino Pimentel - Amara Julieta de Amorim - Maria da Gloria de Paula -·Maria Materna de Medeiros - Flora Benigna de Lima -lsmênia Olindina Leal - Maria José da Fonseca - Maria José de Souza.
Livro para escripturação das alunas do Esctomato do Colégio do N.S. do Amparo, em Surubim. E. de Pernambuco. Surubim, julho de 1929. Madre Anna de N. Sa. do Carmo. Superiora.
ANTIGAS ALUNAS FALAM DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DO AMPARO.
"A primeira casa onde funcionou o Colégio Nossa Senhora do Amparo era do tipo chalé, com dois cômodos. Na frente, tinha uma sala grande para estudos e num cantinho, improvisaram uma capelinha com um altarzinho e a imagem de Nossa Senhora do Amparo. Do lado de fora, fizeram uns quartos que serviam de dormitórios para as Irmãs. Eu fui uma das primeiras internas junto com uma aluna de Vertentes do Lério, que agente chamava de "40", porque as alunas eram conhecidas pelo número. Eutrópia e Paulo Batista tem uma filha que até hoje todos conhecem por "14", apelido que vem desde os tempos do colégio", contam Laura Ferreira Guerra e Maria do Carmo Leal.
"Comecei a estudar no colégio em 1930. Fora a vontade de aprender, tinha o maior desejo de usar aquele chapéu de palhinha. Porém, no ano que entrei, acabaram com esse tipo de chapéu, porque era muito caro e nem todas as meninas podiam comprar. Então passamos a usar um chapeuzinho de pano branco, com uma fitinha marrom. Naquele tempo fazíamos teatro. Uma vez, encenamos a peça Branca de Neve e os Sete Anões. Como não tinha meninos no colégio, as alunas faziam também os papéis masculinos. Eu era o Rei, Odete Spósito de Oliveira, a Rainha. Lourdes Barbosa, o Príncipe e Mana do Carmo Leal a Branca de Neve. Nenen de Badian e Neusa Arruda representavam dois anões. Mas eu não me lembro quem fazia os outros papéis. Só sei que foi lindo, uma coisa maravilhosa" conta Adelaide Guerra de Albuquerque.
"No tempo que estudei no colégio era só o primário. Aprendíamos geografia, português, ciências naturais, matemática e madre Alice dava aulas de francês. À parte, tínhamos aulas de trabalhos manuais, onde aprendíamos bordados, desenhos e pintura. Quando cursava a quarta série, teve um concurso para preencher duas cadeiras municipais. Eu fiz, passei e fui ser professora", conta Odete Spósito de Oliveira.