sábado, 4 de janeiro de 2020

SURUBIM QUE EU CONHECI EM 1905

CONHECENDO SURUBIM: 1900 a 1930
                         Dr. Dídimo Gonçalves Guerra - Primeiro Advogado de Surubim

"O sol com seus raios ofuscantes e de cor vermelha amarelada, começava a esconder-se no horizonte anunciando a noite que se aproxi­mava. Habitantes atravessavam ruas de uma parte a outra em passos lentos, enquanto outros mais vexados, desapareciam ligeiramente dos meus olhos.
Existiam umas poucas e pequenas casas, na sua maioria de taipa e telhas, que faziam o cortejo da vila. Alguns pequenos negócios eram vistos em algumas dessas casas num verdadeiro desarranjo, como em todos os lugares que começam faltando tudo.

       Ao anoitecer, presenciei a vila iluminada pela cor do luar. Clareava-a também nas horas vivas da noite, luzes saídas dos lampiões de "dois bicos" com pavios de algodão torcidos, que se espairavam, irregularmente ,em  algumas das poucas ruas, pelos espaços cedidos das portas abertas.
    O traje mais comum naquela época era a calça e a camisa, chapéu de couro, alpercatas estaladeiras e alguns chinelos. Dificilmente víamos alguém vestido de paletó, usando chapéu de massa e botina. Os sapatões não eram de uso corrente.

       Foi a impressão que me deixou de quando estive em Surubim pela primeira vez, acompanhando minha mãe, no ano de 1905,visitando parentes e conhecidos"

Texto do Diário:  Dídimo Gonçalves Guerra


Fonte: Livro Surubim Pela Boca do Povo - Mariza de Surubim - Edição: 1995.

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