CONHECENDO SURUBIM: 1900 a 1930
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhF-hYRVclEQWv3-tAJHnWOyVEQnV70tdvzY_bPCKtc9DvY9mi4w1ixpYj-oxsn-DxtjMFqlMC5uc3vKugFVl2SL8e8Nx-33A16fiDwQ5Qk-FG55EKk1v4yrHq70SGQL24Kz0gPI0tzpU/s400/Vovo+Tetinha+P+e+B.jpg)
Meu nome é Josefa Farias de Miranda. Nasci em 1902, e com a idade de 10 anos, passei a tomar Conta da casa: lavava a roupa, engomava, fazia a comida ,torrava o café e pisava o milho.
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Meu nome é Josefa Farias de Miranda. Nasci em 1902, e com a idade de 10 anos, passei a tomar Conta da casa: lavava a roupa, engomava, fazia a comida ,torrava o café e pisava o milho.
Conheci Zé Henrique
ainda menina. Ele passava em frente lá de casa pra namorar com uma moça. Eu ficava
olhando e o meu coração dizia que ia me casar com ele. Zé Henrique, que
nessa época tinha 26 anos, também me olhava. Dizia que era pra ver se eu estava
crescendo. Depois ele acabou o namoro, nós começamos a namorar e logo depois
ficamos noivos. Eu tinha 12 anos.
Naquele tempo a gente conversava na sala com uma pessoa da
família tomando conta. Cada um no seu canto, e era proibido até pegar na mão.
Zé Henrique queria casar logo, mas meu pai, o Coronel Periandro, falou pra esperar até que eu ficasse
mais velha .O padre também foi contra, por causa da minha pouca idade.
Esperamos dois anos, e quando completei 14 anos, casamos .
Lembro como se fosse hoje. O meu vestido foi feito em Bom Jardim.
Todo branco comum peitilho cheio de vidrilhos e com aquelas continhas . Zé Henrique
casou com um terno escuro, como era costume na época. Os convidados chegaram todos
a cavalo, formando uma fila até a casada fazenda ,onde eram recebidos por meus pais. As mulheres com seus vestidos
longos e os homens todos lordes.
Foi uma festa muito bonita. Meu pai mandou matar um boi,
muitos perus, galinhas e chamou Felícia, uma negra velha de Bom Jardim, para
preparar as comidas. A mesa estava cheia de bolos e doces, pois era tempo de
fartura.
Depois da cerimônia, que realizou-se pela manhã, fomos
comemorar. Dançamos a tarde e a noite ao som da sanfona e só no outro dia à tarde,
quando a festa acabou, nos despedimos e fomos pra nossa casa. Tivemos muitos filhos
e fomos felizes".
Fonte: Livro Surubim Pela Boca do Povo - Mariza de Surubim - Edição: 1995.
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