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Igreja Nossa Senhora da Conceição do Povoado Mata Virgem. Construída pelos escravos na época dos holandeses no povoado.
Texto: Profº. Miranda - 1992.
O Atual povoado Mata Virgem, se localiza no alto da Serra com o mesmo nome e desde seu início serve de fronteira entre os estados de Pernambuco e Paraíba. Contou-me o Sr. Antônio Preto residente naquele povoado, irmão do Sr. José Preto ex-morador de Surubim, que na região da Mata Virgem existia até alguns anos, uma grande mata virgem, assim chamada por não ter árvores demolidas.
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Os caçadores, que nela entravam em busca de
animais, ficavam amedrontados com os índios e pela claridade das luzes dos
vagalumes nas sombras das árvores.
Os índios viviam da
agricultura e da caça de onças e raposas que na mata existiam. Bebiam água, que
corria pelos córregos que desaguavam no Rio Paraíba.
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A mais de 300 anos, os negros cativos demoliram na mata grandes cedros e pau d'arcos para utilizarem os troncos como suporte para a coberta do engenho de cana da família Campos, construídos naquele local.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYyeQvZt5ILJSi672rnJrPw2lLT_vqzUY62_j78yZ2SoH7ScnwyjrT69Hvg8khVRdR9B-w0_UsjyjIlwPNjmHB0Jl3_GsAiaHdoklJqdaadlNn3pNnGmjLdIKmMR93uITwbKY3Hy9gJYo/s400/09+Janeiro+2011+023.jpg)
A mais de 300 anos, os negros cativos demoliram na mata grandes cedros e pau d'arcos para utilizarem os troncos como suporte para a coberta do engenho de cana da família Campos, construídos naquele local.
Na época os cativos escravos,
faziam tijolos, com 70 cm. de comprimento e 30 de largura e cozinhavam-os em
caieira durante 4 dias.
Os cativos e índios,
ordenados pelos Holandeses que viviam na região sobre o comando" do Frei lbiapina carregaram os tijolos em burros e
bangues para a construção
das paredes da igreja.
As paredes eram feitas com um metro de largura e oito de
altura, deixando parte dela sem tijolos para serem colocadas portas.
A igreja foi construída
entre Paraíba e Pernambuco e o Padre celebrava missa para os moradores dos dois
estados.
Com a libertação dos
escravos do Brasil, pela Princesa lzabel,
os cativos foram libertados do trabalho
e foram viver sua própria vida alguns não estando habituados com outro
trabalho, continuaram com seus patrões, donos de fazendas de gado e engenhos.
Os engenhos de cana da
região, fabricavam açúcar preto, um pouco salgado e assim mesmo substituía o
branco.
Em 1875, os cativos escravos
ordenados por seus patrões cortaram troncos e cedros e paus d'arcos com 8
metros de comprimento e meio de largura, servindo de suporte na cobertura da
igreja. Depois de pronta, a igreja ficou pertencendo aos Estados da Paraíba e
Pernambuco, tendo o marco divisório no centro dela.
Ao lado da mata construíram muitas casas em volta da igreja Nossa Senhora da Conceição assim chamada pelos moradores do lugar. O Arruado ali formado, recebeu o nome de Mata Virgem em homenagem a natureza do lugar.
Em 1916, foi criada a feira no povoado pelos irmãos: Henrique, Veloso, Zuza, e Bel Barbosa autorizados pelo ex-deputado Coronel Antônio Pessoa da Paraíba, tio segundo do Dr. Carlos Pessoa de Umbuzeiro.
No início eram abatidos 12 animais para serem vendidos na feira. Os moradores
de melhores situações financeira, compravam carne e aqueles pobres se satisfaziam comprando o sangue ou miúdos dos animais abatidos.
Foram construídos em frente à igreja, paredões com formato de casas, no frontão colocaram arcos trabalhados enfeitando o povoado e na parte interna barracas bancos com comidas para vender aos visitantes.
EXTINÇÃO DA FEIRA DA MATA VIRGEM.
Com os altos impostos cobrados pelos fiscais da Paraíba sobre as mercadorias de Paraíba e Pernambuco entradas na feira, fizeram com que os feirantes, a partir de 1940 se transferissem para o povoado de Oratório.
Atualmente o povoado Mata Virgem, tem o seu representante, o vereador José Oliveira da Silva conhecido por Keu. Eleito pelo voto popular dos habitantes do município de Vertente do Lério, nas eleições para prefeito, no dia 3 de outubro de
1992, "Keu" é natural daquele povoado.
ANTIGAS PROFESSORAS DO POVOADO MATA VIRGEM E SITIO JARDIM
- Dona Terta,
- Dona Maria do Carmo,
- Ana de Lourdes (Ana Malaia),
- Severina Albuquerque Leal,
- Gercina Aires,
- Militana de Lima (Milita),
- Zuleica Brito,
- Zélia Araújo,
- Maristela Cabral,
- Gersonita França
- Atualmente é professora, Amariles Felipe (Filha do Sr. Euzébio Felipe)
Existente atualmente no povoado Mata Virgem: um Grupo Escolar, um posto de saúde e outro de correio e telégrafo, um cartório e mercearias.
PRIMEIROS HABITANTES DE MATA VIRGEM
Manoel Luiz, Sr. Catu, os Chandús, (proprietários de engenho e Senhores de escravos), Manoel Cordeiro, Pedro Oliveira.
Os irmãos: Manoel Barbosa, Zé Barbosa, Jorge Barbosa e Antônio Barbosa de Lucena.
ATUAIS HABITANTES DA RUA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
DE MATA VIRGEM
Josefa Lúcia de Lima (Zefinha viúva),
José Honorato da Silva (Zé Gato) e Nete,
Manoel Rod igues da Silva e Teresinha (Teta).
Mário Barbosa da Silva (Bau) e Joseilda (Nilda),
Severino Ferreira Cabral (Irã) e Severina Dias (Nina),
Gilson Pereira de Lima (Mininim) e Maria de Jesus (Dui),
Inácio Almeida Pedrosa (Inácio de Mocinho),
Arlindo Severino da Silva e Terezinha Maria da Conceição,
José G. Barbosa e Nadja Maria Barbosa,
Maria do Nascimento,
Inácio Honorato de Oliveira (Sardinha) e Josefa Rosa,
Luiz Gonzaga Filho (Lula e Maria do Livramento (Menta),
Manoel Batista da Costa (Lebreia) e Sofia Duarte da Silva,
Gerson Bernardino dos Santos e Maria Miranda,
Severino Pereira Filho (Bibiu Caetano) e Rita Maria Rodrigues,
Manoel Joca da Silva (Né) e Marinete Lima da Silva (Baide),
José Pereira Barbosa (Zé Rosa) e Maria do Livramento'.
José Severino da Silva (Zé Monte) e Terezinha Mac1on1la,
José Barbosa Leal (Zé Dário) e Maria do Carmo (Carma),
Antônio Vicente Cabral (Antônio Preto) e Maria Fehpe Barbosa,
Manuel Luiz de Barros (Manuelzinho) e Terezinha Maria Barbosa,
José de Oliveira da Silva (Queu Vereador 92) e Maria José.(Socorro),
Severino Alves (Alvinho) e Eurides Maria da Silva Alves (Nide),
Manuel Severino da Silva (Santo) e Regina Maria da Conceiçao,
Maria Auxiliadora Honorato (Sila) e Maria Neves da Silva (Viúva Alegre) .
José Maria Pedrosa (Galego) e Inácio de Almeida Pedrosa (lnacio de Mocinho).
Mário Henrique Barbosa e ex-professora Militana de Lima Barbosa (Milita)
A incansável Terezinha de Jesus Albuquerque Farias (Terezimha Farias).
Livro do Professor Severino Augusto de Miranda Filho
" Miranda " - Edição / 1992.
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Livro do Professor Severino Augusto de Miranda Filho
" Miranda " - Edição / 1992.
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Marconi do Rêgo Barbosa
ResponderExcluirSÍtio Boi, minha terra natal.
Bom dia
ResponderExcluirNão li sobre Antônio Barbosa da Silva (Paitonho). Figura ilustre falecido com mais de 100 anos que possuiu a casa de esquina nas duas ruas e onde há um local para a guarda da memória de Mata Virgem. A familia Barbosa é proprietária da casa e Guilherme Barbosa ainda frequenta ao vilarejo e é proprietário de fazenda na Mata Virgem.
ResponderExcluirNa verdade isso foi pesquisado e escrito no início dos anos 90. Fique à vontade para escrever mais um pouco a história da sua Família. Será um prazer! Abraço.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito bom o texto sobre Mata Virgem, é maravilhoso o conhecimento das origens, e das raízes familiares.
ResponderExcluirRealmente, faltou comentar mais sobre a figura de Pai Tonho, que viveu seus longos dias(mais de um século) em Mata Virgem, com seus familiares, e que ainda perdura na pessoa do seu filho Guilherme Barbosa e demais sucessores.
Obrigado pelo comentário! Aproveite essa oportunidade e fale sobre o Pai Tonho e demais familiares, só assim, ficaremos sabendo mais.
ExcluirParabéns por divulgar o passado de Mata Virgem. Sou de olho d'água doce bem perto dai.
ResponderExcluirMeu pai seu Gilvan morava perto do campo.ja falecido.acredito que todos conheciam.
ResponderExcluirConheci o Sr Antônio Preto. Ele sempre ia conversar com meu pai Tiago Albuquerque (in memória). Quando chegava, perguntava "cadê o Fidalgo?". Era assim que ele se referia ao meu pai.
ResponderExcluirSou do sitio agudo noro em sao paulo soh filha de Ricardo conhecido como brinco Fui aluna da professora zelia cardozo gostaria de ter noticias dela
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