quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

A VILA DE SÃO JOSÉ DO SURUBIM EM 1914

CONHECENDO SURUBIM: 1900 a 1930
Foto da iguaria Beira Seca ainda fabricada em Surubim por uma única família. 


  "Em 1914, quando  eu estava com cinco anos  de  idade,  Surubim já possuía  cerca de cento e cinquenta casas.  Muitas delas, porém, viviam fechadas e suas portas só se abriam aos sábados pois pertenciam a famílias residentes no mato e naqueles dias vinham para negociar e se abastecer na feira", recorda Nelson Barbosa.*04
                                  

Nelson Barbosa:  

Ex-prefeito de Surubim e deputado estadual.


A FEIRA: SEU  ESTÊVAM  ANT.IGAS  DOCEIRAS
 "Apesar de reduzida, a feira movimentava a vila. Desde sexta-feira a meninada aguardava a chegada de seu Estêvam, que vinha de João Alfredo - antiga Boa Vista - com uma carga de cana caiana para desmanchar em caldo, cuja venda se prolongava até o sábado à tarde.
As casas, fechadas durante a semana, eram abertas e suas  donas apareciam com vendagens. Outras faziam comidas para os feirantes. Lembro-me de algumas delas: Sá Nola, era exímia doceira, muito limpa, sa­bia  preparar Beiras-secas da melhor qualidade e caramelos que chamávamos de camelôs alfinins; D. Filomena, preparava um delicioso doce de mamão  e vendia um pires por um tostão; D. Santa, gostava de fazer queijos enfeitados com manteiga de gado e ainda D. Rosa de João Frandilheiro, fazia gosto­sos sequilhos e outros apetito-sos bolinhos, entre eles os bolinhos de coco".  Recorda Nelson Barbosa.*05

     Mas quem provou, ainda guarda o sabor das deliciosas queijadas e dos saborosos préas, encontrados na feira de Surubim e com água na boca, lembra os famosos pãezinhos de Sá Totonha.




Fonte: Livro Surubim Pela Boca do Povo - Mariza de Surubim - Edição: 1995.

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