CONHECENDO SURUBIM: 1900 a 1930
Foto da iguaria Beira Seca ainda fabricada em Surubim por uma única família.
"Em 1914, quando eu estava com cinco anos de idade, Surubim já possuía cerca de cento e cinquenta casas. Muitas delas, porém, viviam fechadas e suas portas só se abriam aos sábados pois pertenciam a famílias residentes no mato e naqueles dias vinham para negociar e se abastecer na feira", recorda Nelson Barbosa.*04
Nelson Barbosa:
Ex-prefeito de Surubim e deputado estadual.
"Apesar de reduzida, a feira movimentava a vila. Desde sexta-feira a meninada aguardava a chegada de seu Estêvam, que vinha de João Alfredo - antiga Boa Vista - com uma carga de cana caiana para desmanchar em caldo, cuja venda se prolongava até o sábado à tarde.
As casas, fechadas durante a semana, eram abertas e suas donas apareciam com vendagens. Outras faziam comidas para os feirantes. Lembro-me de algumas delas: Sá Nola, era exímia doceira, muito limpa, sabia preparar Beiras-secas da melhor qualidade e caramelos que chamávamos de camelôs alfinins; D. Filomena, preparava um delicioso doce de mamão e vendia um pires por um tostão; D. Santa, gostava de fazer queijos enfeitados com manteiga de gado e ainda D. Rosa de João Frandilheiro, fazia gostosos sequilhos e outros apetito-sos bolinhos, entre eles os bolinhos de coco". Recorda Nelson Barbosa.*05
Mas quem provou, ainda guarda o sabor das deliciosas queijadas e dos saborosos préas, encontrados na feira de Surubim e com água na boca, lembra os famosos pãezinhos de Sá Totonha.
Fonte: Livro Surubim Pela Boca do Povo - Mariza de Surubim - Edição: 1995.
Fonte: Livro Surubim Pela Boca do Povo - Mariza de Surubim - Edição: 1995.
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